quinta-feira, 16 de julho de 2009

Acerto de contas!




Nada que eu fizer vai remediar o que aconteceu. O que fiz é fato consumado, irreversível e doloroso. Absolutamente necessário.
Se me arrependo? Adianta? Acho que não. Os fatos turvilíneos que assomaram minha vida naquele verão de 1980, quando tinha nove anos não amenizaram somente por que eu era uma criança. não fiz terapia por falta de grana. A solução mais plausível e prática é afirmar-tu fizeste o melhor... pra ti mesmo!
Achar que foi um ato egoísta é masoquismo, mas como culpar uma criança por tentar se defender? Impossível. Eu não era o Oliver Twist do meu livro predileto. Minha mãe ainda se culpa achando que tomou a atitude errada. Se ela soubesse que manipulei tudo para a coisa se desenrolar de acordo com o que eu queria...
Bem, talvez a solução seja sobreviver com isso dia após dia, como aquela dorzinha de dente persistente, que se vai levando para evitar de ir ao dentista. Não que eu pense nisso sempre. Esporadicamente chega sem avisar, em forma de lembrança e indagação.
Melhor. Se chegasse em pesadelos, como ocorre na maioria dos casos traumáticos eu estaria fodido.
Na verdade hoje, vinte e quatro anos após a morte dele, acho que sonhei duas ou três vezes no máximo. Ele apareceu muito alinhado, sério e sóbrio. O conteúdo do sonho não lembro. Talvez tudo ficasse mais fácil se a semelhança física que tenho com ele não fosse tanta. É um gene forte, sangue guarani em porcentagem baixa mas o suficiente para eu e meus irmãos sairmos como de uma forma única.
Bom, o melhor é pensar que era destino, aliás, o destino é uma lousa em branco que podemos jogar para ele qualquer insucesso ou fracasso. Prático realmente. O problema começa onde essa eventual “facilidade” entra em conflito com o que penso hoje aos trinta e cinco anos. Já comecei a encontrar o caminho, pelo menos para passar ao largo de problemas que para muitas pessoas soam intransponíveis. Para mim é fácil. Funciona assim- o meu amanhã é um espelho do que eu fizer hoje. Uma matemática infalível. Mas e aquelas equações insolúveis que vem lá de trás. O que fazer com elas?
Pelo menos hoje sei como tudo começou. A cronologia dos fatos que seguem talvez me ajudem a compreender como a situação chegou naquele ponto...
SEGUE

5 comentários:

Luciano Silvestre disse...

Parabéns! Excelente texto e uma ótima história!

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Fabrício Bezerra disse...

continue refletindo falou.eu vivo pensando nos erros que eu cometi tambem

Anônimo disse...

Belo texto, um tanto misterioso!!!

Bjusss


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:DD

Aninha disse...

Nossa, muito legal o texto...
bem intenso, e ótimo...
Realmente o amanhã é o resultado do que nós investimos no hoje.
Muito legal!

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Neurotic StrangerBlood disse...

O garoto parece ser um assassino macabro. Agora, depois de 24 anos de seu primeiro assassinato, ele é um psicopata nostálgico que quer matar a mãe por qualquer custo. Mas ela é descendende de uma feiticeira das ocultas artes das Valentinas e nem mesmo toda a fúria do coração de seu filho pode acabar com ela. Mãe e filho combatem em uma surpreendente guerra que pode levar ao Armagedon. Gostei de sua história, deixa muitas mensagens subscritas, parabéns.

Visite-me também, pois direto deixo meus comentários aqui. Abração cara.

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